JOAQUIM FRANCISCO DE ASSIS (1897-1932)
HERÓI NAZAREANO DA “REVOLUÇÃO DE 32”
Dados Biográficos:
Nazareano, nascido em 12 de novembro de 1897, residente no bairro do Cuiabá, filho de Joaquim Francisco de Assis e de Adelaide Maria de Jesus, casado com Sebastiana Rodrigues Pinheiro, sendo seu filho Benedito Duarte de Assis (Didito Catarina).
Cinco anos após ter casado, tendo seu filho apenas três anos, alistou-se como soldado em 1932 na então Força Pública do Estado de São Paulo, atual Polícia Militar, e por ocasião da eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932 integrou o 5º Batalhão de Caçadores Paulista, sediado em Taubaté, comandado pelo Major Inojosa, seguindo para lutar na frente de combate da região leste do Estado, onde em ferrenho combate sucumbiu ferido por um tiro mortal de fuzil, falecendo em 26 de agosto de 1932, na Fazenda Amarela, em Itapira.
Homenagens Póstumas:
O soldado Joaquim Francisco de Assis não será esquecido, pois tem o seu nome perpetuado na principal localidade de nossa cidade, a travessa que une a praça defronte a atual Prefeitura Municipal com a Rua Padre Nicolau.
Seu nome, foto e dados estão inseridos no livro “Cruzes Paulistas”, 1936, Revista dos Tribunais, página 236, no qual estão relacionados e homenageados todos os heróis que encontraram morte sublime nos vários campos de luta do “Movimento de 1932”.
Em 23 de maio de 1972, por ocasião da comemoração do 40º aniversário da Revolução, a Sociedade Veteranos de 32 promoveu comovente solenidade no Monumento Mausoléu de 32, no Ibirapuera, São Paulo, em homenagem aos mortos em combate, ocasião e local onde foi depositada a urna contendo os despojos do Soldado Herói Nazareano Joaquim Francisco de Assis.
Militares Nazareanos na Revolução de 32:
Nazaré Paulista, na época “Nazareth”, contava com inúmeros de seus filhos prestando serviços na então Força Pública do Estado de São Paulo, na época da Revolução de 32.
Em julho de 1932 eram milicianos nazareanos que vestiam a farda de brim-cáqui da Milícia de Tobias de Aguiar:
Oficiais e Graduados: (postos e graduações que detinham na época):
– Ten Cel José Theóphilo Ramos, Comandante do 1º BCP,
– Cap Napoleão de Almeida, Ajudante de Ordens do Chefe de Polícia,
– Tenente Joaquim Silveira de Almeida, Secretário do Hospital Militar,
– Tenente Benedito Maurício, Intendente do Serviço de Material Bélico,
– Tenente João Rodrigues dos Santos, auxiliar,
– Sargento Miguel José Pinheiro, amanuense da secretaria do 5º BCP,
– Sargento José Maximiniano de Oliveira, amanuense da secretaria do 2º BCP,
– Sargento Benjamim Constant de Oliveira, amanuense da Casa da Ordem,
– Sargento Antônio Rodrigues dos Santos, auxiliar da instrução militar,
– Sargento Laudelino José Gonçalves, do 4º BCP,
– Cabo José Sary, auxiliar da Repartição do Material,
– Cabo Hermógenes José da Silva, Esquadra,
Soldados:
– Antônio Palazzi,
– Benedito Medeiros Valinhos,
– Geraldo de Camargo
– Hermínio Rodrigues dos Santos,
– João Silveira
– João Palazzi,
– José Ramos Pinheiro,
– Joaquim de Almeida Passos,
– Joaquim Francisco de Assis,
– José Benedito da Silva,
– José Alves,
– Luiz Pinheiro Mariano,
– Laudelino Bicudo,
– Miguel Bianchi, e.
– Norberto Pinheiro.
Aos Bravos Nazareanos.
Nem todos os alistados participaram das frentes de combate, mas todos eles juraram e serviram com a maior glória para a normalização constitucional do país, enchendo de orgulho a nossa Nazaré e o nosso Estado de São Paulo.
A todos estes bravos devemos nosso preito de gratidão, de orgulho e de reverência. Exemplos de cidadania, patriotismo, amor cívico e brasilidade; lição e incentivo às atuais e futuras gerações de nazareanos.
Ao Soldado Joaquim Francisco de Assis, herói nazareano que durante o fogo da trincheira, em meio a rude combate, de arma na mão, tombou morto com o corpo varado à bala de fuzil, e cujo sangue tingiu o solo paulista, nosso preito de respeito e de admiração.
Seu corpo jaz no Mausoléu do Soldado Constitucionalista, em São Paulo, sob um frio e cinzento granito, mas acalentado e guardado por uma ardente e perene tocha acesa, e sua lembrança estará perpetuada e sempre viva no centro de nossa cidade de Nazaré Paulista e na memória dos nazareanos.
A Contribuição Nazareana;
“Nazareth”, além do engajamento destes seus inúmeros filhos militares, empolgada pelo ardor cívico que inundou o Estado de São Paulo, também deu mostras de efetiva participação no Movimento Constitucionalista, através dos seguintes atos do poder público municipal e da comunidade:
-Organizou: – a Comissão Municipal de Alistamento Voluntário,
– a Comissão de Socorro às Famílias dos Combatentes,
– a Comissão para a campanha “Vitória do Ouro”,
– a Guarda Municipal Voluntária, em substituição aos militares recolhidos,
-Regulamentou:- a fabricação do “Pão de Guerra”, com a adição do fubá,
– – a declaração de estoques de produtos da lavoura,
– e tabelou:- os preços dos gêneros de primeira necessidade, e
– a venda de gasolina
Campo de Aviação:
Em 18 de setembro de 1932, já no final da revolução, a Prefeitura com seus funcionários e auxiliada por numerosa turma de operários concluiu o “Campo de Aviação” do Município, em chão de terra batida, e que se situava no terreno de Francisco Derosa, no Mascatinho, onde se situa o atual pedágio da Rodovia D.Pedro I.
Conta-se que chegaram a pousar algumas pequenas aeronaves.
Conta-se também, que houve movimento de tropas do Exército Constitucionalista, que se acantonaram por uns dias, no Grupo Escolar da cidade.
A Praça em Homenagem ao herói nazareano
As ruas, praças e avenidas contam muito da história e do passado de uma cidade. Elas refletem as mudanças, os progressos e as transformações ocorridas.
São as veias e artérias nas quais passeiam nossas lembranças e nosso passado. Também são cenários das histórias vividas, das pessoas que fizeram ou participaram da história da cidade.
E isso também ocorre com as ruas de nossa Nazaré Paulista.
Nós sabemos declinar mecanicamente o nome da rua onde moramos, mas nem sempre sabemos ou conhecemos a razão ou a biografia do personagem que deu o seu nome.
Por esta razão é que iremos, abordar algumas das principais ruas da nossa cidade, uma rua de cada vez, e relatar informações sobre elas, esperando que aqueçam a curiosidade dos leitores e despertem o interesse pela memória e pela preservação da nossa história e dos ilustres nazareanos que nos antecederam e que fizeram a história de Nazaré Paulista.
Esta é uma forma de resgatar e preservar o patrimônio cultural de nossa cidade.
Faz-se necessário que o Poder Legislativo, nossa Câmara de Vereadores, ao legislar sobre denominação de ruas, o faça sempre acompanhado de dados biográficos e de informações que justifiquem e perpetuem o motivo da nomenclatura a ser dada.
As principais ruas e logradouros da nossa cidade:
1 -Rua Coronel João Rodrigues dos Santos
2 -Rua Coronel Francisco Derosa,
3 -Rua Coronel Benedito Bueno,
4 -Rua Francisco Rodrigues dos Santos
5 – Rua Padre Nicolau,
6 – Avenida Mathias Lopes,
7 – Praça Joaquim Francisco de Assis,
8 – Praça Monsenhor Afonso,
9 – Praça Presidente Dutra,
10 -Praça José Francisco Pedroso,
11 – Praça Nossa Senhora de Nazaré,
12 – Praça Álvaro Guião
13 – Avenida Vicente de Paula Penido
14 -Praça da Independência,
15 – Praça dos Expedicionários,
A PRAÇA JOAQUIM FRANCISCO DE ASSIS
Esta praça está sediada na frente da atual sede da Prefeitura Municipal e se estende até a Rua Padre Nicolau, com frente à Farmácia Santa Rita. Era conhecida como sendo o “Largo Municipal” até que em 1º de setembro de 1922, por ocasião da celebração do primeiro centenário da Independência de nossa Pátria (sete de setembro de 1822) a Câmara Municipal de Nazaré Paulista, acolhendo indicação do vereador Antônio Pinheiro Mariano, aprovou a mudança da denominação de “Largo Municipal” para chamar-se, oficialmente, de “Largo da Independência”. Na exposição de motivos foi alegada a demonstração do júbilo do Município com a citada comemoração.
Lei Municipal de 01 de setembro de 1922: A Câmara Municipal decreta:
Art. 1º- O atual largo Municipal passa a denominar-se Largo da Independência.
Art. 2º – Revogam-se as disposições em contrário.
Em 1932, terminada a Revolução Constitucionalista de 1932, volta a nossa Câmara Municipal a alterar a denominação da “Praça da Independência” para “Praça Soldado Joaquim Francisco de Assis”, em homenagem ao insigne nazareano morto em combate.
SOLDADO JOAQUIM FRANCISCO DE ASSIS –Nazareano, nascido em 12 de novembro de 1897, residente no bairro do Cuiabá, filho de Joaquim Francisco de Assis e de Adelaide Maria de Jesus, casado com Sebastiana Rodrigues Pinheiro, sendo seu filho Benedito Duarte de Assis, conhecido como “Didito Catarina”.
Cinco anos após ter casado, tendo seu filho apenas três anos, alistou-se como soldado em 1932 na então Força Pública do Estado de São Paulo, atual Polícia Militar, e por ocasião da eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932 integrou o 5º Batalhão de Caçadores Paulista, sediado em Taubaté, comandado pelo Major Inojosa, seguindo para lutar na frente de combate da região leste do Estado, onde em ferrenho combate sucumbiu ferido por um tiro mortal de fuzil, falecendo em 26 de agosto de 1932, na Fazenda Amarela, em Itapira, SP.
Homenagens Póstumas: O herói nazareano Joaquim Francisco de Assis não terá seu nome esquecido, pois tem o seu nome perpetuado na principal e central praça de nossa cidade, a praça da Prefeitura e dos bancos. Seu nome, foto e dados biográficos estão inseridos no livro “Cruzes Paulistas”, 1936, Revista dos Tribunais, página 236, no qual estão relacionados e homenageados todos os heróis que encontraram a morte nos vários campos de luta do “Movimento de 1932”.
Em 23 de maio de 1972, por ocasião da comemoração do 40º aniversário da Revolução, a Sociedade Veteranos de 32 promoveu comovente solenidade no Monumento Mausoléu de 32, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, em homenagem aos mortos em combate, ocasião e local onde foi e está depositada a urna contendo os despojos do Soldado Herói Nazareano Joaquim Francisco de Assis.
Nazaré Paulista, na época “Nazareth”, contou com inúmeros de seus filhos alistados e prestando serviços na Força Pública na época da Revolução de 32, assunto a ser abordado e registrado em matéria posterior. Nem todos eles participaram das frentes de combate, mas todos eles juraram e serviram com a maior glória para a normalização constitucional do país, enchendo de orgulho a nossa Nazaré Paulista e nosso Estado de São Paulo. A todos eles, bravos militares, devemos nosso preito de gratidão, de orgulho e de reverência. Foram exemplos de cidadania, de patriotismo, de amor cívico e brasilidade. Lição e incentivo às atuais e futuras gerações de nazareanos.
Ao Soldado Joaquim Francisco de Assis, herói nazareano que durante o fogo da trincheira, em meio a rude combate, tombou morto com o corpo varado à bala de fuzil e, cujo sangue tingiu o solo paulista, nosso preito de respeito e de admiração.
Seu corpo jaz no Mausoléu do Soldado Constitucionalista, em São Paulo, sob um frio e cinzento granito, mas acalentado e velado por uma ardente e perene tocha acesa.
Nazareanos! Ao cruzarmos a praça central da cidade e olharmos a placa com o seu nome, lembremo-nos do cântico sacro: “Prova de amor maior não há, do que dar á vida pelo irmão”. E, mentalmente, ofereçamos nossa reverência e nossa continência.
Texto extraído e adaptado do livro-prelo “De Nazareth a Nazaré Paulista”
Nazaré Paulista,
Oscar Teresa Pinheiro do Carmo
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